terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Alcaline - Capítulo 1: A Tempestade

- Ok. Estamos em 13 de Outubro de 3567 na cidade de Diströber 5 km ao sul da antiga Amsterdã. São Três horas da manhã e as ruas estão desertas. Amanda acaba de fazer a última entrega debaixo de uma ponte. O Cliente paga pela droga e toma o seu rumo enquanto ela segue para sua moto, coloca o capacete e segue para seu apartamento no setor B ala 3h oeste. No caminho faz algumas reflexões sobre seu relacionamento com Tomaz e pensa em sair do ramos da venda de drogas ilícitas e tentar a vida em marte como técnica em sistemas operacionais e bancos de dados. Ela consulta na tela do capacete fotos e preço do vestido de noiva, do cruzeiro e do hotel onde vão passar a lua de Mel, mas logo a tela se apaga. Abre-se a porta do apartamento onde mora depois de subir as escadas úmidas e mofadas do saguão de entrada até o andar 6. Lá dentro o presente. Acende a luz e vê todos os seus sonhos virarem sangue.
Apaga a luz e olha atentamente para os lados caminhando até o quarto de onde emanam ruídos. No quarto estão quatro figuras. Três homens. No chão Tomaz em seus últimos segundos de vida, mais dois homens gemem de dor no chão, próximos, eles acabam de tomas vários tiros e em pé de costas o homem que vira e olha no fundo dos olhos de Amanda:
- Amanda você precisa sair daqui agora! Começou a tempestade!
- Desgraçaaaaaado!!!!
Ela puxa a pistola de seu casaco e atira sem parar no homem que some e reaparece atrás dela.
- Foram os caçadores que Mataram seu namorado daqui a 3 segundos mais três caçadores vão entrar pela porta da frente. É melhor você sair pela escada de emergência em 3...
- Filho da Puta eu vou te mataaaaaar!!!
Ele vai desaparecendo mais uma vez como se fosse um holograma, porém muito mais consistente, ele estava realmente ali.
- 2 ...
TAK TAK TAK TAK TAK. Os tiros voam pela sala e quebram os vidros da cozinha.

TSH TSH TSH. A munição acaba e só resta apenas um segundo e o som de passos se aproximando da porta.
- 1 ...
Um último relance no rosto do homem, para tentar memorizar a fisionomia dele e ela vira .... TAStH!!! Um tiro por trás atinge seu estômago e ela cai imóvel no chão. São três caçadores invadindo a sala e eles começam a checar os armários em busca de alguma coisa. Um deles fica de guarda próximo do corpo de Amanda Walker. A Jovem se move sacode a cabeça não acreditando que ainda está viva. Ela olha e percebe que o caçador de guarda, de costas pra ela, acha que ela está inconsciente. Sua cabeça dói sua mente gira e seus ouvidos zumbem numa freqüência ensurdecedora. Agora é a vez dela de contar.
´´5 segundos para evacuação`` - Tira duas mini granadas de nitro glicerina do bolso sobretudo. E é esse o movimento que chama a atenção do caçador de guarda. Ele vira.
- Moooooooooooorraaaaaaaa!!! TAK TAK TAK TAK TAK. Quatro tiros com a segunda pistola abatem o caçador de recompensa. Os passos na sala se aceleram...
- 2...
Ela joga as granadas na direção dos outros dois caçadores, se levanta e corre até a escada de emergência.
- 3 ...

TAK TAK TAK TAK TAK TAK TAK PUTCH. Três tiros e o caçador da esquerda cai. Mais quatro tiros e o caçador da direita, mas um tiro pega no ombro da garota que corre de costas para a sacada.
- 4...
Um segundo para a explosão, mais três passos e ela chega no primeiro lance de escadas de incêndio. Sem tempo para descer pela escada, salto sobre o corrimão .... BOOOOOOMMMM
- 5...
Ela cai 5 metros dentro da caçamba de lixo amortecida por sacos plásticos pretos de dejetos e lixo orgânico.

O apartamento foi pelos ares e é tempo de sair mancando da caçamba e correr, correr, correr e andar, andar e vagar pelas ruas do centro da cidade onde as luzes se multiplicam e expandem o caos do comercio noturno, as casas de lazer ou puteiros virtuais. A cidade do futuro parece embaçada nos olhos de Amanda que não vê a hora de parar e encostar em uma praça para respirar. Está perdendo pouco a pouco seu fôlego e muito; muito sangue. Um fluxo escondido pelo sobretudo preto. São quase 6 da manhã e seu ponto de fuga é uma boate na Rua Up Town 56 a ´´Café Paris`` um antigo ponto de vendas, talvez algum cliente ou contato estivesse por ali.
Ela entra pelos fundos, o segurança a reconhece e permite que ela adentre sem dificuldade. O som, as vozes, as caras entorpecidas e as luzes coloridas a deixam mais tonta. Ela precisa parar no banheiro, na cabine da privada onde finalmente desaba. Sentada na tampa do trono. Amanda fecha os olhos e apaga.

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